A beleza do futebol.
Em cada 100€
O meu patrão, por cada 100 euros que paga pela minha força de trabalho, é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75 euros para a Segurança Social.
E por cada 100 euros de riqueza que eu produzo, o Estado, e muito bem, retira ao meu patrão outros 33 euros.
Cada vez que eu, no supermercado, gasto os 100 euros que o meu patrão pagou, o Estado, e muito bem, fica com 21 euros para si.
Quando ganho 100 euros, o Estado fica quase com 55.
Quando gasto 100 euros, o Estado, no mínimo, cobra 21.
Quando lucro 100 euros, o Estado enriquece 33.
Quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com quase metade das verbas envolvidas no caso.
Serviços de saúde exemplares.
Um hospital bem equipado a menos de 20 km da minha casa.
Estradas largas, sem buracos e bem sinalizadas em todo o país.
Auto-estradas sem portagens. Pontes que não caiam.
Tribunais com capacidade para decidir processos em menos de um ano.
Uma máquina fiscal que cobre igualitariamente os impostos.
Eu pago, e por isso quero ter, quando lá chegar, a reforma garantida e jardins públicos e espaços verdes bem tratados e seguros. Polícia eficiente e equipada.
Os monumentos do meu País bem conservados e abertos ao público,
Uma orquestra sinfónica.
Filmes criados em Portugal.
E, no mínimo, que não haja um único caso de fome e miséria nesta terra.
Na pior das hipóteses, cada 300 euros em circulação em Portugal garantem ao Estado 100 euros de receita. Portanto, Sr. Primeiro-ministro, governe-se com o dinheirinho que lhe dou porque eu quero e tenho direito a tudo isto.
A Natureza Da Pancada
Tá bem a gente comenta o Mundial
Primitive Reason
Quando for grande…
Bis bis aspas aspas
Há um inferno por país e cada um tem os seus demónios a tratarem do assunto. Lúcifer não se encarrega pessoalmente de torturar os condenados a tormentos eternos.
Um dia, Lúcifer foi fazer uma ronda a ver se estava tudo bem e começou por um inferno formado por um caldeirão a ferver, junto do qual estava um demónio com um ar muito relaxado e com uma lança na mão. Quando ele perguntou que inferno era aquele, disseram-lhe que era o inferno alemão. Como os alemães eram muito metódicos e previsíveis, ao tentarem sair do caldeirão tentavam sempre fazê-lo pelo mesmo sítio, pelo que bastava um único demónio para vigiar aquele lugar. O inferno seguinte tinha o mesmo aspecto, com a única diferença de que tinha dois demónios e não um. Explicaram então a Lúcifer que era o inferno francês. Como os franceses eram um pouco menos prevísiveis, havia dois sítios por onde tentavam sair, pelo que eram necessários dois demónios. O inferno seguinte tinha um monte de demónios a toda a volta, todos a olharem para a superfície do caldeirão com a máxima atenção. Tratava-se do inferno italiano. Com aqueles, todo o cuidado era pouco, pois tentavam de lá sair de todas as formas possíveis e imaginárias. Por fim, passaram junto a um inferno formado por um caldeirão e nenhum demónio á sua volta e, surpreso, Lúcifer quis saber porque não estava ali ninguém. Explicaram-lhe que não era preciso, pois aquele era o inferno português: Cada vez que um punha a cabeça de fora, os outros puxavam-no de volta …